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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Lolita de Nabokov, Tristeza de Sagan



"Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta.
(...) Será que teve uma precursora? Sim, de fato teve. Na verdade, talvez jamais teria existido uma Lolita se, em certo verão, eu não houvesse amado uma menina primordial. Num principado à beira-mar. Quando foi isso? Cerca de tantos anos antes de Lolita haver nascido quantos eu tinha naquele verão."

A simples história de uma perversão? O tortuoso caminho da alma humana rumo ao abismo? Qualquer leitura que se faça "Lolita", de Vladimir Nabokov será pálida, frente ao fato: o livro incendiou a imaginação, a polêmica e a inspiração de toda uma geração, a partir de sua publicação em 1955, e de todas as que a seguiram. A ponto de transformar Lolita em categoria. Uma lolita. E inspirar, claro, a moda.
Um pouco como aconteceu com "Bom dia, tristeza " da jovem Françoise Sagan, que tinha 18 anos quando lançou seu primeiro romance, em 1954.
A história de Cécile e seu pai, Raymond, sua vida fútil, a descoberta da sexualidade e a tristeza que a morte de um ser amado, Anne, a amiga da família, pode trazer, quando irrompe, com seu peso, numa vida fluida, foi o passaporte para a fama de Sagan, ela mesma personagem e fantoche de sua fama.

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