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sábado, 12 de setembro de 2009

Pode uma mulher que tem tudo: posição, casamento e prestígio, deitar tudo a perder por uma paixão tola e caprichosa? Pode.

Que Ana Karênina é sinônimo de estilo, ninguém duvida. É assim que Tólstoi a apresenta, como símbolo de elegância, aos olhos da ingênua e virginal princesa Kitty. Chique, "cool", descrita pelo escritor nos mínimos e preciosos detalhes. Como essa visão abaixo, colhida num baile.
Esta não estava vestida de lilás, como tanto teria desejado Kitty. Uma toalete de veludo preto, muito decotada, desnudava-lhe os ombros esculturais, que lembravam velho marfim, assim como o colo e os braços roliços, de pulsos finos. Rendas de Veneza lhe guarneciam o vestido. Nos cabelos negros, sem postiços, ostentava uma grinalda de amores perfeitos, combinando com outra que lhe adornava a fita preta do cinto, rematada por rendas brancas. Estava penteada com muita simplicidade. Apenas alguns caracóis de cabelo frisado na nuca e nas fontes se lhe eriçavam, rebeldes. Em volta do pescoço bem torneado brilhava um fio de pérolas (TOLSTOI, 1971, p.82).

Tólstoi, Leon. "Ana Karênina".

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